
Sobre um verdadeiro segredo da mudança:
Em grande parte do que fazemos, estamos a lutar contra o que não queremos, a desejar que as coisas não sejam como elas são. Isso impede-nos de ver as coisas como elas são e vivenciar o momento de forma plena.
Atuamos constantemente, sem dar por isso, direcionados para o que não queremos. Ora “o nosso sistema nervoso não conhece a negação”, é um dos princípios básicos em PNL. Ao construirmos a representação mental do que não queremos, essa representação vai criar um estado emocional correspondente. Acabamos assim por atrair tudo contra o qual lutamos.
O paradoxo é pois que para a mudança é necessário primeiro a aceitação do indesejável. Como muitas pessoas chegam à PNL para não se sentirem inseguras, não terem medo, não falharem, etc., a primeira grande confusão é mesmo esta: aprender que quanto mais não quer, mais possibilidades se abrem para receber de presente o que se não quer!
Por vezes as pessoas empregam as ferramentas de PNL para se não sentirem inseguras, não terem medo, não falharem, etc.. Em vez de conseguirem verdadeiramente o objetivo que desejariam, adquirem muitas vezes mais máscaras de sobrevivência que consomem muita energia vital.
A verdadeira mudança exige uma maneira muito mais airosa de lidarmos connosco. É a aceitação.
Aceitação não é resignação. É o primeiro passo para nos libertarmos do piloto automático que reage na base da interpretação, da crítica, desejo e luta, e nos afasta cada vez mais da vida. Aceitação é gostarmos de nós, é percebermos as intenções positivas do que chamamos indesejável, é encontrar novos caminhos para realizar as intenções positivas e o nosso significado profundo da vida.