
… Algumas têm um embrulho bonito como os presentes de Natal, Páscoa ou festa de aniversário. Outras vêm em embalagem comum. E há as que ficam amachucadas no correio…
Algumas trazem invólucros fáceis. Doutras é dificilimo, quase impossível tirar a embalagem. É fita coladora que não acaba mais.
Mas… A embalagem não é o presente. E tantas as pessoas que se enganam confundindo a embalagem com o presente.
Por que será que alguns presentes são complicados para a gente abrir? Talvez porque dentro da bonita embalagem haja pouco valor. E bastante vazio, bastante solidão… A decepção seria grande.
Também você meu amigo. Também eu, somos um presente para os outros. Você para mim. Eu para você.
Triste se somos apenas um presente-embalagem: muito bem empacotado e quase nada lá dentro!
Quando existe verdadeiro encontro com alguém, no diálogo, na abertura, na fraternidade, deixamos de ser mera embalagem e passamos à categoria de presentes “reais”.
Nos verdadeiros encontros de fraternidade, acontecem coisas muito comoventes e essenciais: mutuamente vamo-nos desembrulhando, desempacotando, revelando.
Roque Schneider