
“O que é a verdade?” perguntou um discípulo a Nasrudin.
“Algo que nunca, em nenhum momento, eu falei – nem falarei.”
Nasrudin esparramava punhados de migalhas em volta de sua casa.
“O que você está fazendo?”, alguém perguntou.
“Afugentado os tigres.”
“Mas por aqui não há tigres?!”
“Viu só como funciona?!”
Ouvi dizer que você tem um vinagre de quarenta anos”, disse um vizinho a Nasrudin.
“Me dá um pouco?”
“Claro que não”, disse o Mullá.
“Ele não teria quarenta anos, se eu o ficasse distribuindo, não acha?”
O Mullá mandou um menino pegar água no poço.
“Tome cuidado para não quebrar o pote!”, gritou o Mullá e deu uma bordoada no garoto.
“Mullá”, perguntou um observador, “por que bater em alguém que não fez nada?”
“Ora, seu estúpido”, disse o Mullá; “porque depois que quebrasse o pote seria muito tarde para puni-lo, não acha?”
Quando ainda era uma criança, Nasrudin perguntou ao pai:
“por que seu cabelo é grisalho?”
“ora, Nasrudin, porque filhos que fazem perguntas impossíveis deixam brancos os cabelos de um homem.”
“Entendo”, disse o Mullá. “Então é por isso que os cabelos do vovô são brancos feito neve?”